ADOROOOOOOOOOOO fazer carão. Os deuses me deram esse dom.
Olha o flash e faz carão, querido.
Olha, quando eu vi essa foto do nosso magnífico presidente eu pensei: Quero ser que nem ele um dia, ficar bêbada e mesmo assim conseguir fazer carão. Minha vida vai mudar, eu sei. Yes, I Créu.
Tá, ele não estava bêbado, mas ele poderia ter escolhido a vida de modelo fotográfico.
Eu faço carão na rua, em casa, na escola, dormindo...Er, etc.
Outro dia mesmo eu fiz, mas foi necessário, eu poderia estar morta agora se não tivesse feito. Vou contar mais ou menos o que ocorreu.
Não me lembro a data, muito menos a hora exata. Só sei que era noite e o silêncio tomava conta do local, além do frio. Eu estava com muita fome, então pedi para minha mãe ir à padaria comigo. No início ela não gostou da idéia, porque estava com sono e com preguiça, mas eu insisti e ela aceitou. Nós caminhavamos na calçada, até que a nossa vizinha, AQUELAQUENÃOPODESERNOMEADA, nos chamou. Fomos até ela e a mesma começou a conversar sobre o Protocolo de Kyoto, aquecimento global e o golpe em Honduras. Ou pelo menos eu pensei que ela estava falando nisso e tinha mudado de assunto, mas não, ela falou sobre as mesmas coisas de sempre, como a calçada, os turistas, os assaltos, entre outras. De repente eu escutei um barulho de bicicleta, olhei para o outro lado da rua e vi um grupo de meninos que deveriam ter, no máximo, catorze anos. Enquanto minha mãe e minha vizinha conversavam eu observava esses garotos estranhos e feios que estavam falando alto e pareciam estar se aproximando. Depois de um segundo, eu olhei novamente para as duas que ainda conversavam sobre assaltos até que escutei novamente o barulho de bicicleta, mas dessa vez muito mais forte que antes, parecia estar bem próximo. Levantei minha cabeça e meus olhos viram um menino magro, com a pele branca, cabelos escuros e olhos penetrantes, utilizando apenas uma bermuda e um boné. Todas nós olhamos para ele até que o mesmo disse: "Vocês tem horas?" Nós três ficamos assustadas, quer dizer, só eu fiquei. Como assim horas? Isso só deveria ser um golpe. Será que ninguém do grupo dele tinha relógio? E eu tinha visto todos saindo de dentro de uma casa. Será que lá não tinha um relógio? Fiquei confusa e comecei a pensar. Por que raios ele fez essa pergunta? Então, numa questão de segundos, meu cérebro fez uma conexão com o assunto que havia sido comentado entre duas donas de casa quase naquele exato momento. Poderia ser aquilo um assalto? Aquele menino estava querendo que alguma de nós pegasse o celular para ele roubar? Só poderia ser isso, eu tinha certeza. Não pensei duas vezes e tomei uma atitude que colocou não só a minha vida em risco, mas também a de duas mulheres trabalhadoras e honestas. Eu fiz carão gritando:
" POXA, MÃE, A GENTE NÃO VAI NA PADARIA, NÃO? ESTAMOS ATRASADAS! TEMOS QUE COMPRAR PÃO, EU ESTOU COM FOME, PUTZ..."
Dizendo essas palavras devagar e olhando depois para o menino com um olhar de "eu sou foda, você me acha foda, saia daqui" Minha mãe disse que não sabia que horas eram e ele se retirou olhando para minha cara com uma expressão de medo e vergonha, eu acho. Me senti orgulhosa, mesmo que ele não fosse um assaltante percebi que o meu carão foi útil para espantar alguém. Vi o menino andar em sua bicicleta até o fim da rua, para ter certeza de que ele não iria voltar, e dei tchau para minha vizinha, seguindo com a minha mãe até a padaria. AMÉM.
Há, essa é a minha Fic. Isso aconteceu mesmo e o que me salvou foi o carão. Por isso que eu digo:
É pobre?
Foda-se, faz carão
Tá gordo?
Não faça regime, mas faça carão.
Não gostou do meu texto?
Fala na minha cara e faz carão. Mas muito cuidado, meu carão é melhor que o seu.
E viva o carão.
Olha o flash e faz carão, querido.
Olha, quando eu vi essa foto do nosso magnífico presidente eu pensei: Quero ser que nem ele um dia, ficar bêbada e mesmo assim conseguir fazer carão. Minha vida vai mudar, eu sei. Yes, I Créu.
Tá, ele não estava bêbado, mas ele poderia ter escolhido a vida de modelo fotográfico.
Eu faço carão na rua, em casa, na escola, dormindo...Er, etc.
Outro dia mesmo eu fiz, mas foi necessário, eu poderia estar morta agora se não tivesse feito. Vou contar mais ou menos o que ocorreu.
Não me lembro a data, muito menos a hora exata. Só sei que era noite e o silêncio tomava conta do local, além do frio. Eu estava com muita fome, então pedi para minha mãe ir à padaria comigo. No início ela não gostou da idéia, porque estava com sono e com preguiça, mas eu insisti e ela aceitou. Nós caminhavamos na calçada, até que a nossa vizinha, AQUELAQUENÃOPODESERNOMEADA, nos chamou. Fomos até ela e a mesma começou a conversar sobre o Protocolo de Kyoto, aquecimento global e o golpe em Honduras. Ou pelo menos eu pensei que ela estava falando nisso e tinha mudado de assunto, mas não, ela falou sobre as mesmas coisas de sempre, como a calçada, os turistas, os assaltos, entre outras. De repente eu escutei um barulho de bicicleta, olhei para o outro lado da rua e vi um grupo de meninos que deveriam ter, no máximo, catorze anos. Enquanto minha mãe e minha vizinha conversavam eu observava esses garotos estranhos e feios que estavam falando alto e pareciam estar se aproximando. Depois de um segundo, eu olhei novamente para as duas que ainda conversavam sobre assaltos até que escutei novamente o barulho de bicicleta, mas dessa vez muito mais forte que antes, parecia estar bem próximo. Levantei minha cabeça e meus olhos viram um menino magro, com a pele branca, cabelos escuros e olhos penetrantes, utilizando apenas uma bermuda e um boné. Todas nós olhamos para ele até que o mesmo disse: "Vocês tem horas?" Nós três ficamos assustadas, quer dizer, só eu fiquei. Como assim horas? Isso só deveria ser um golpe. Será que ninguém do grupo dele tinha relógio? E eu tinha visto todos saindo de dentro de uma casa. Será que lá não tinha um relógio? Fiquei confusa e comecei a pensar. Por que raios ele fez essa pergunta? Então, numa questão de segundos, meu cérebro fez uma conexão com o assunto que havia sido comentado entre duas donas de casa quase naquele exato momento. Poderia ser aquilo um assalto? Aquele menino estava querendo que alguma de nós pegasse o celular para ele roubar? Só poderia ser isso, eu tinha certeza. Não pensei duas vezes e tomei uma atitude que colocou não só a minha vida em risco, mas também a de duas mulheres trabalhadoras e honestas. Eu fiz carão gritando:
" POXA, MÃE, A GENTE NÃO VAI NA PADARIA, NÃO? ESTAMOS ATRASADAS! TEMOS QUE COMPRAR PÃO, EU ESTOU COM FOME, PUTZ..."
Dizendo essas palavras devagar e olhando depois para o menino com um olhar de "eu sou foda, você me acha foda, saia daqui" Minha mãe disse que não sabia que horas eram e ele se retirou olhando para minha cara com uma expressão de medo e vergonha, eu acho. Me senti orgulhosa, mesmo que ele não fosse um assaltante percebi que o meu carão foi útil para espantar alguém. Vi o menino andar em sua bicicleta até o fim da rua, para ter certeza de que ele não iria voltar, e dei tchau para minha vizinha, seguindo com a minha mãe até a padaria. AMÉM.
Há, essa é a minha Fic. Isso aconteceu mesmo e o que me salvou foi o carão. Por isso que eu digo:
É pobre?
Foda-se, faz carão
Tá gordo?
Não faça regime, mas faça carão.
Não gostou do meu texto?
Fala na minha cara e faz carão. Mas muito cuidado, meu carão é melhor que o seu.
E viva o carão.